A Orquídea-Negra

João Pessoa, Paraíba — a cidade onde o sol nasce primeiro está ameaçada com o nascer do sol manchada, profana, como se um astro morto tivesse sido erguido à força sobre um horizonte que não o reconhece.

Sob uma Sequoia lunar — germinada na lua e plantada no Parque Zoobotânico Arruda Câmara em comemoração aos seus 100 anos de existência, os Garous tentam proteger um dos últimos refúgios espirituais da Paraíba. Seu patrono, Lágrimas-de-Tambiá, é formado pelos espíritos de todos os animais do Parque Zoobotânico — e carrega a dor de uma antiga tragédia indígena.

Todavia, enquanto isso, algo antigo se remexe nas sombras. O Sebastianismo nunca morreu: ele fermentou, apodreceu e agora volta como algo pior: A Orquídea-Negra.

Quando todos os esforços se quebrarem como ossos sob o peso do destino, e a dor do Apocalipse devorar a sua alma e os que você ama... Nesse instante, quando o último uivo ecoar na noite, será que você se entregará à Fúria?